segunda-feira, 21 de abril de 2014

DICA CINEMATOGRÁFICA: Underground - Mentiras de Guerra


Como minha primeira publicação relativa à sétima arte, escolho meu filme preferido, Underground, dirigido por Emir Kusturica. Confesso que esse filme ficou enterrado sob toneladas de gigas do meu HD por anos, até que, um belo dia, resolvi dar uma chance ao cinema do leste europeu, e me arrependi profundamente pela demora em ter feito isso.

Basicamente, o enredo trata sobre dois amigos, dois vigaristas natos (embora um deles seja essencialmente bom, enquanto o outro não), que diante do início da Segunda Guerra Mundial tentam inicialmente lucrar o máximo possível com a catástrofe, mas que depois, apenas tentam sobreviver a ela, sendo que a história, ou a catástrofe, se estende até o período da Guerra da Bósnia. 

No entanto, viver, ou puramente sobreviver como é feito pelos personagens do filme, não implica em tirar da existência toda a sua beleza, toda a sua poesia. A harmonia de toda a vida possui maravilhosos e terríveis tons e crescendos de insensatez e loucura. 

Nessa ópera guiada pela vertiginosa batuta de um maestro louco, não nos resta senão, portanto, dançarmos, rirmos, brigarmos e chorarmos, mesmo que diante do cadafalso, como os personagens do filme citado.

No fim das contas, o filme possui uma mensagem bastante positiva quanto à vida e, possivelmente, quanto ao que há além dela. Com sorte, talvez ele esteja certo, talvez depois de tudo o que fizemos, seja o sublime ou abissalmente asqueroso, possamos nos reunir aos nossos amigos e entes queridos e festejar, porque a vida não se trata mais do que isso, de uma eterna festa de bêbados, falastrões, bons homens e maus homens, mas sobretudo, seres humanos.

Antes de encerrar, mais essa sandice, como já disse, a minha primeira sandice cinematográfica, posto minha cena preferida do filme abaixo. Se alguém realmente se aventurar a vê-lo, espero que o façam, não por mim, mas porque é realmente um espetáculo, espero que vocês também, como eu, chorem, se desesperem e se maravilhem diante dela.
Eu realmente amo essa cena!

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