segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

DICA CINEMATOGRÁFICA: O QUE FAZEMOS NAS SOMBRAS - “Cansei de ser vampiro. É uma droga. Não acreditem no hype”

Don't sing if you want to live long
They have no use for your song
You're dead, you're dead, you're dead
You dead and outta this world
You're Dead, Norma Tanega
Daily I remenber
life before the wall
No awkward invitations
we'd just invite then all
Innocence and laughter
we threw it all way
A game of slow disaster
we didn't need to play

Então, antes de mais nada tenho que fazer uma pequena confissão: esse filme me pegou desprevenido. Faz pelo menos dois anos que tomei conhecimento desse longa, mas só essa semana consegui coragem para o assistir. E como me arrependo de não tê-lo assistido antes meus caros leitores imaginários. Posso afirmar sem nenhuma dúvida que é uma das melhores comédias que assisti nos últimos anos! E mesmo agora, escrevendo essa resenha, confesso que tenho crises involuntárias de riso que chegam às lágrimas apenas por pensar nesse filme. Sim, eu sei o que vocês estão pensando, os meus gostos são bem peculiares(para não dizer coisa pior) e, portanto, talvez o filme seja um bocado bizarro para o gosto comum. E provavelmente vocês estão certos, digo, parcialmente certos, porque o filme possui um plot realmente incomum, mas as piadas são realmente boas. Mas sem me alongar mais ainda mais, vamos então à resenha! 
O que fazemos nas sombras, ou What We do in the Shadows, é um filme Neozelandês de 2014, dirigido por Jemaine Clement e Taika Waititi. Se esse ultimo nome lhes pareceu estranhamente conhecido, é porque ele também dirigiu Thor 3: Ragnarok. Assim como nesse ultimo, a graça do filme está na comicidade das ações simplórias de seus protagonistas, que apesar de quaisquer atributos ou características exteriores, são fundamentalmente pessoas comuns, estando sob as mesmas pressões e frustrações cotidianas pelas quais todos passamos. Um exemplo desse humor cotidiano pode ser visto em uma das primeiras cenas do filme, quando Viago, um dos vampiros que mora na casa, tenta reunir os outros vampiros para discutir a limpeza da casa. Qualquer pessoa adulta que já tenha morado em repúblicas ou com amigos, se identifica logo de cara, porque aqui temos todos os arquétipos de "colegas de apartamento" possíveis. O "maníaco por organização", representado por Viago, o "incivilizado imundo" representado por Deacon, o "doce psicopata" representado por Pryt e, o emblemático, "sexualmente mais ativo do que deveria" representado por Vladislav. Além disso, temos outros personagens que incrementam ainda mais o humor do filme, como o vampiro millennial Nick e o esplêndido Stu. Ahhhh... Stu, não existem palavras para dizer como gostei desse personagem. Porque ele representa tudo de normal, cotidiano e "boring" que existe em nosso mundo, sendo sua estoica reação a todo o novo universo que lhe é apresentado,  é capaz de causar crises de riso histéricas.
Além disso, o filme também faz um curioso tributo à todas as obras que retratam os adoráveis sugadores de sangue no cinema. Os personagens principais representam as principais vertentes da representação do vampirismo nas telonas. Pryt, o mais velho de todos, é o clássico vampiro do filme Nosferatu(1922), animalesco e monstruoso. Vladislav, por outro lado, é basicamente o Drácula de Bram Stoker(1994), uma representação menos animalesca, mas ainda agressiva e mítica. Viago, interpretado pelo próprio Waititi, é o típico vampiro dos livros de Anne Rice ou vistos em Entrevista com um Vampiro(1994), refinados predadores das sombras. Deacon, por fim, é o típico vampiro de Garotos Perdidos(1987) ou dos Vampiros de Jonh Carpenter(1998), mais uma criança do caos do que propriamente um vilão. Além disso, o filme faz menções a outros clássicos do gênero, como Blade(1998), Anjos da Noite(2003) e mesmo filmes recentes(e polêmicos), como Crepúsculo(2008)

Tendo em conta tudo o que falei, fica claro que esse filme não tem apenas minha mais sincera recomendação, mas quase uma súplica sincera para que seja visto. RECOMENDO, portanto, esse filme a todos que queiram passar da forma mais absurdamente divertida possível um bom par de horas.



P.S.: Antes que alguém pergunte... sim, esse filme está no catálogo da Netflix!!!

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