Quando vi recentemente a notícia de que a DC pretendia adaptar Fables para o cinema, não pude ficar mais feliz e ao mesmo tempo mais preocupado. Feliz, porque Fables é uma das melhores séries de HQ's que eu já tive o prazer de acompanhar, e vê-la na tela grande seria sempre um grande deleite. Preocupado, porque boa parte da história tem um conteúdo tão adulto e pesado, que seria demasiado difícil, senão impossível, adaptá-la ao cinema sem perverter ou simplificar demasiadamente a história(embora tenham conseguido a façanha de fazer um bom game com ela), sendo que temo que o resultado de tudo isso, seja mais ou menos como acredito que ocorrerá com a tão alardeada série Hellblazer.
Mas cessadas minhas lamentações de boteco... vamos ao que realmente interessa, ou seja, vamos falar da revista!
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Esse não é o Wolverine! |
Mas cessadas minhas lamentações de boteco... vamos ao que realmente interessa, ou seja, vamos falar da revista!
A revista, publicada pelo selo da Vertigo, desde 2002, foi escrita por Bill Willingham e desenhada em sua maior parte por Mark Buckigham, nesse quesito,digo, quando ao desenho, foram inúmeros os colaboradores, embora nada tenha a reclamar do traço. Quanto à qualidade da trama, basta dizer que a revista foi premiada com vários Eisner(uma espécie de óscar para os quadrinhos).
O enredo, sem muitos spoilers, narra o cotidiano de um pequeno bairro do subúrbio de Nova York, que é habitado secretamente por uma comunidade de refugiados. No entanto, esses refugiados de uma desconhecida, mas brutal guerra, são, na verdade, os personagens de livros dos mais variados gêneros e cores. Havendo desde personagens da historietas infantis, como o lobo mau, a branca de neve e o pinóquio, até personagens de clássicos, como Robson Crusoé, Ebenezer Scrooge(um conto de natal), o Dr. Jekyll/Sr. Hyde, a fera de frankstein e outros tantos.
No entanto, muito além do enredo, uma das características que mais me agrada na história é a brincadeira que o autor faz com a genealogia de cada um dos personagens, lhes dando características e defeitos dos mais inusitados...
Para os mais curiosos, alguns exemplos:
O príncipe encantado, arquétipo de homem ideal dos contos de fadas, e sempre presente em todas as histórias com princesas e finais felizes, é, na verdade, uma única pessoa. A propósito, o mesmo também é um grande bastardo(o sujeito é um cretino, um cretino legal, mas um cretino...), que simplesmente se casou e se divorciou(raramente sob boas condições) de cada uma das princesas dos contos de fadas. E que atualmente vive parasitando economicamente as suas novas conquistas amorosas...
A Fada Azul ao transformar Pinóquio em um garoto, esqueceu de mencionar, no feitiço, que ele deveria algum dia, ser alguma coisa mais do que um garoto...
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Pobre garoto... |
A Bela e a Fera também são outro exemplo de como um feitiço dos contos de fadas pode sair pela culatra. O amor de Bela não acabou com o feitiço que tornou fera uma enorme besta monstruosa, apenas o suspendeu. Se o casal tem ao menos uma briga, ou Bela simplesmente fica irritada...
Mas meus personagens preferidos na história são realmente o grande lobo mau(coloca grande nisso), que é o xerife da cidade das fábulas(que é o modo como chamam o lugar onde todas moram), e a branca de neve, que é a implacável subprefeita da cidade. Embora para saber o motivo de minha preferência, e o porque os elenquei juntos... só lendo a revista.
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