Ground Control to Major Tom
Ground Control to Major Tom
Take your protein pills and put your helmet on
Ground Control to Major Tom (ten, nine, eight, seven, six)
Commencing countdown, engines on (five, four, three)
Check ignition and may God's love be with you (two, one, liftoff)
Space Odity, David Bowie
Your stare makes me freeze but I can't stay still
Those eyes keep me up longer than any other pill
And I know, being together
We feel like forever
and now, more than ever I feel everything (feeling everything)
Those eyes keep me up longer than any other pill
And I know, being together
We feel like forever
and now, more than ever I feel everything (feeling everything)
Então... acho que esse vai ser um filme complicado de comentar meus caros leitores imaginários. Faz tempo que eu não encontro um filme ao qual meu apreço e desgosto foram incitados em proporções tão equilibradas. Valerian: A cidade dos mil planetas é o mais novo filme do diretor francês Luc Besson, que tem no currículo filmes como O quinto elemento e O profissional. No entanto, ao contrário dos dois citados filmes que juntos resumem a alma do cinema de uma geração, Valerian não é...tão bom. Obviamente, não estou dizendo que o filme seja ruim, longe disso. No entanto, embora ele seja majestoso em seus visuais, na caracterização do universo da trama e etc, ele peca em um ponto fundamental. Não tem química entre os protagonistas. Eu sei meus caros leitores imaginários, esse clichê do casal de protagonistas que, independente do fato do próprio universo estar em chamas, não conseguem se segurar para se pegar é um saco. Mas quando eles são essencialmente retratados como um casal, é importante que eles, ao menos, pareçam duas pessoas que gostam de conviver uma com o outra. E esse é a grande falha do ambicioso Valerian, ter ambientes e personagens criados inteiramente de CGI que parecem muito mais reais que o relacionamento dos protagonistas.
Estarei sendo muito duro com o filme? Talvez... mas confesso que odeio ver potencial perdido(quando não é o meu, obviamente). Antes de mais nada, é bom que eu esclareça para vocês que o filme foi baseado numa série de quadrinhos francesa, chamada Valérian, Agente Espácio-Temporal. Nessa série, Valerian e Laurerine são basicamente dois super espiões/soldados/heróis que viajam pelo cosmos nas mais diversas e loucas aventuras. Mas uma coisa absolutamente importante sobre a mesma, é o fato dos dois serem nos quadrinhos um casal altamente funcional. Eles parecem pessoas de verdade!!! Claro... tirando o fato de que eles lutam o tempo inteiro contra impérios do mal e civilizações alienígenas no passado e no futuro, mas vocês entenderam meu ponto. Ao contrário do clichê do relacionamento perfeito, o relacionamento de Valerian e Laureline nos quadrinhos é tão quebrado como qualquer relacionamento amoroso da vida real. As páginas da série perpassam por um relacionamento maduro, de pessoas independentes que não estão juntas apenas por um desejo ou força irresistível, mas porque realmente gostam de conviver uma com a outra e tentam fazer seu relacionamento funcionar.
Mas tirando a total ausência de veracidade no relacionamento dos protagonistas... tenho de confessar que o filme é até bastante agradável. A trama talvez não seja tão boa quanto poderia ser. A narrativa em que o filme se inspira se encontra no sexto volume dos quadrinhos, chamado O Embaixador das Sombras, onde Valerian e uma importante autoridade militar da terra são sequestrados, e Laureline tem de resgatá-los com ajuda de um pequeno sidekick alienígena de incríveis poderes anais(sim, você leu isso). O filme faz uma releitura da trama dos quadrinhos, embora simplificando bastante o plot principal. Obviamente, não vou dar spoilers, mas digamos que já nos minutos iniciais do filme eu tinha uma boa expectativa, senão certeza, de como seria o resto. Isso é ruim? Sem dúvida! Incomum? Não, atualmente é quase impossível não encontrar um filme que não seja infantilmente previsível, então eu diria que isso não é um grande defeito. De resto, o universo ao redor dos personagens é muito crível, embora esteja no limiar tênue entre a fantasia e a ficção científica( temáticas que particularmente aprecio). Praticamente todos os personagens, excluindo os protagonistas, são extremamente interessantes e bem caracterizados. Os ambientes são de encher os olhos em sua inventividade, fazendo bastante jus ao material original e lembrando, embora vagamente, do universo colorido e cosmopolita de O Quinto Elemento.
Fica a pergunta então, Valerian: e a Cidade os Mil Planetas vale a pena ser assistido? E, pessoalmente, eu daria uma resposta positiva, embora não tão assertiva quanto já fiz com inúmeros outros filmes dos quais teci minhas especulações. É um bom filme, mas não um filme extraordinário. Ele poderia ser muito melhor, talvez mesmo memorável... mas mesmo em meio aos seus clichês e a ausência de química no elenco, vê-lo é ainda uma ótima forma de passar o tempo. RECOMENDO O FILME, portanto, a todos que queiram um bom par de horas de diversão apenas, sem nada muito complicado.
P.S.: Fato aleatório, mas a Rihanna faz uma participação belíssima no filme. Isso pode parecer pouco importante, mas a cena em que ela é apresentada é uma das melhores cenas de todo o filme.
Fica a pergunta então, Valerian: e a Cidade os Mil Planetas vale a pena ser assistido? E, pessoalmente, eu daria uma resposta positiva, embora não tão assertiva quanto já fiz com inúmeros outros filmes dos quais teci minhas especulações. É um bom filme, mas não um filme extraordinário. Ele poderia ser muito melhor, talvez mesmo memorável... mas mesmo em meio aos seus clichês e a ausência de química no elenco, vê-lo é ainda uma ótima forma de passar o tempo. RECOMENDO O FILME, portanto, a todos que queiram um bom par de horas de diversão apenas, sem nada muito complicado.
P.S.: Fato aleatório, mas a Rihanna faz uma participação belíssima no filme. Isso pode parecer pouco importante, mas a cena em que ela é apresentada é uma das melhores cenas de todo o filme.